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Mostrando postagens de janeiro, 2011

Emigrar

Meu pensar tomou assento Em um vento de pensar Lágrimas em meu olhos Não deu pra relaxar Um silêncio que maltrata Veredas de um sofre Como me fazer entender Eu preciso sorrir Exilado em mim mesmo Só... não se é feliz As canções não tem sentido As flores não tem beleza Na boca nada é mel O sol não é o mesmo Das manhãs de primavera O mar não é o mesmo Das tardes de brisa As dores, os dissabores Maltratando minh'alma Onde eu errei ? Em dar amor Em perdoar Querer o bem Deus quero emigrar Onde estou não quero ficar O belo ato ouvir Tudo é vaidade e vento que passa Quero correr em seus ares Em suaves pensamentos Respirar seu oxigênio Com janelas e cortinas abertas Há tempo para tudo

Meu solo

Aos botânicos, os jardineiros Quero oferecer alimento Conheço a terra Conheço de água Conheço de luz Quero ensina-los o plantar Há pressa em se colher A receita do semear Indicar é não fazer Não é semear Faço germinar A semente menor Semeador entendo de chão Semente que não cai no canteiro Haverá dia de desespero Solo de pedra a raiz não vai longe Grandes e pequenos canteiros Todos precisam aprender A semente do viver Semente em espinhos Cresce sufocada Quem tem ouvido para ouvir ? Semente de mostarda Pequena quase nada Sombra, alimento dos homens Abrigo dos pássaros Vida em harmonia Quem sabe lavrar ? O filho do homem Ele conheço o seu canteiro Ele é a própria semente Para um fruto sem fim

Vida boa

Há tempo que não vou A uma praça É de graça Meu tempo Não vale o dinheiro Um banco, uma sombra Uma conversa de amigo Babás, risos, crianças Há tempo que não vejo Jornaleiro, palavras cruzadas Pipoqueiro, sorveteiro Crentes pregando, Coreto e banda Canções de saudades Namorados, sorrisos e beijos Há tempo que não faço feriado A preguiça de dormir na grama Pombos, pássaros, fonte Ipê, flamboyant, azaleia Outono flores no chão Há tempo eu não vejo Pique esconde, amarelinha Meninas pulando corta Há quanto tempo Não me dou este sonhar A praça resiste Pesadelos, soldados, malandros Meninos de ruas, postes sem luzes Fonte sem água Praça sem graça As crianças se foram Dos homens ficaram Lágrimas saudades.

Tolerância

Havia cavernas Em meus achismos No escuro tropecei Eu me basto Eu me acho Gato e guizo Quem quer se arriscar? Atire a primeira pedra Quem já foi vidraça Tolerância eu quero Como conter o perigo Sem água, sem pão Perpetuei conhecimento Sem fundamentos Falar e nada dizer Dizer e nada viver A dúvida como premissa O que fazer? Eu e meus achismos Como saber sobre a luz Vivendo em uma caverna? Platão já dizia... Cristo quem melhor falou Eu sou a luz do mundo Nada há encoberto Que não haja ser descoberto Fatos que não se vê A fé remove cavernas Onde está o seu tesouro Lá estará o seu coração A Deus ou a Mamom A quem quereis agradar ?

Vida curta

Seremos poucos No modo de pensar Fora do comum A vida é curta A Verdade é longa Desde os antigos Suas necessidades Sócrates ensinando a Platão O alimento, suor e dor Abrigo protetor, busquemos Mudar a natureza, alto preço Buscar o amor o eros multiplicador A busca do mistério Como não morrer Nos diz a ciência Nos diz a religião Intrigante relação A vida é curta A Verdade é longa... Ansiedade do eterno A busca deste mistério Tão próximo de nós No mais profundo do nosso ser Quem é dotado de forças Para se manter? O filho do homem dizendo: O reino dos céus está dentro de vós O Nazareno desvendou o mistério A mais intrigante necessidade Rendam-se todos Aquele que tentar salvar a sua vida Perdê-la-á Aquele que perder a sua vida Por minha causa reencontrá-la-á Acenda a lâmpada e ande Vida curta, vida longa.... Eis A vida