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Mostrando postagens de março, 2014

Versos soltos...

Há olhares que são pedras outros retinas Estamos na era das chacinas Gostamos de lustres mas nosso chão está no escuro Homem carne e silício lições de neuroses Escola de homens As taças das mesmices Celebram os velhos hábitos O mal tornou estopa, sua obra faísca Ambos irão arder Já sentimos a fumaça Há palavras elas foram ditas não tente mata-las Elas são pão, elas viram vidas No momento pisadas pelos nobres maltratada pelos tolos Os homens e suas escolhas Vaso quebrados só um novo Não se colam diamantes Querem ser barro? Tens minhas mãos Faço tudo novo Gente humilde Meninos precisam ser homens E homens, meninos com alma O mundo não se sustenta Vive de circo Não conhece o Pão Não falei de amenidades... Quem sabe amanhã Se houver trarei as flores.

Na terra do possível

Na terra onde vivo  não há espaço para amenidades Cidades onde os automóveis não se movem Nossas praças sofrem de solidão Flores conversam entre si Silêncio dos pássaros Não há olhares de perceber Os mentigos fazem suas cirandas Os políticos suas promessas O homem mau á espera de suas vítimas Não há sombras, não há sol Não há meninos, brincadeiras e risos Tudo muito sério, muito adulto... não quero esta herança Vou fazer um outro inventário Inventário das coisas invisíveis Crianças podem tocar e brincar com as nuvens, há nuvens de todas as formas, carneiros, pássaros, gigantes e formigas Elas podem brincar junto ao céu Elas podem brincar junto a terra Há nuvens para todos os meninos Há nuvens para os homens Homens que se deixam Homens  que enxergam coisas invisíveis Coisas que o dinheiro não compra Tudo na vida é feito de nuvens Como um grande lego... Há brinquedos de construir sonhos Há outros que são nuvens vermelhas inventário de morte Basta de nuvens