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Mostrando postagens de junho, 2011

Invisível

Sou insivível Me visto de palavras de seda Não me faço invisível Sou um invisível vivo Não um transparente morto Ser invisível é ser perigoso Quebro prisões Conserto casas Choças, mansões Detenho exércitos Calo canhões Há olhos que não me veem Ouvidos que não me ouvem Muitos enformam É de ouro É de prata É de pedra Outros informam Consumismo mortal Modelo de caos Multiplicação de iniquidade Em muitos o amor se esfriou Me fizeram invisível Quem tiver as marcas dos homens Me faz invisível Muito irão morrer pela boca Nem só de pão vive o homem Como o vento que ninguém vê Eu existo nos olhos de quem crer A boca fala do que o coração está cheio

Flash

Em situações de pouca luz Um flash pode iluminar A poesia tão real Pode ser um sonho Um Zum , um retrato A cidade e seus maltratos O catador de papel Seu carrinho de Mão Papéis, plásticos, papelões Tudo isto pode se tornar Casa, cama, feijão Neste vai e vem nas ruas O sonho de uma sobra melhor O que vê entre os restos Um bêbado ao chão Meninos esticados à calçada Em outra esquina, três mulheres Franzinas, marcando o ponto O que mais lhe chama atenção Não são os olhos das mulheres E nem tão pouco seus corpos São as latinhas de cervejas e suas mãos Ele aguarda o último gole Estas latas serão pães Pensou o catador um pensar ecológico Em que usina transformar Os meninos, as mulheres e os bêbados? Nas usinas dos homens não os vejo... Quem sabe haverá catadores de homens ? Carregando estas criaturas Para a usina de Deus.

Inquietação

Inquieta emoção Ansiedade, palpita ção Cada um inventa a si mesmo Um dormir acordado Um virar e revirar O sonho não vêm O mundo inteiro não pode completa-lo Esta vida moderna A felicidade nos cancela O mundo quadrado Um pensar malvado De de homens desatentos As aves aprenderam a lição O alimento virá Comer, voar e cantar Mascarar a ansiedade Tem um prazo de validade Ela volta acompanhada Braços dado com a angustia Cheia de mal humor Sob o impacto da pedra Sob a fluidez da água Não fuja Não escape Não me troque Eis a grande verdade Sem mim nada podeis fazer

Adversos

Vivenciar o pior da vida Sem se desesperar Vivenciar as perdas Sem se perder No infortúnio saber lidar O abandono A traição A exclusão Risos e lágrimas Vivenciar o insucesso Celebridade esquecida Pobre mortal de fato Longe das luzes Em dias cinzentos Nada de sol Nada de flores A doença no corpo A doença da alma Vivenciar o imprevisível Como conter este meu viver!? No silêncio do meu quarto O Mestre mostrou-me Sua vida, sua dor Quando tudo era adverso Eu me fiz assim E digo faça assim Serenidade... na adversidade Busque a minha paz