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Mostrando postagens de maio, 2012

Anjos

Há anjos em nosso meio Anjos falam nossa língua Não enxergamos Não hospedamos A lição de Ló esquecemos A cidade em caos Uma Gomorra que morre Sem dono... Sodoma Os Anjos falam Por minha boca Por tua boca? Não temas, eles falam A terra treme A terra geme O principio das dores Quando o fim ? Não há data Não há dia Não há ano Não ouça os homens Com os anjos Em um piscar de olhos Em nuvens virá O dia fatal O juízo eternal O salvador das vidas Será saudado... Pelos anjos pelos homens Homens que se fizeram de meninos O dia fatal... O dia do choro eternal Choro de tristeza Choro de alegria Tudo está consumado.

Nomes

Não se pode ver Não há tempo, espaço Elas têm nomes Elas rolam marcando Fogo, ferro, água Seus nomes são lágrimas Abandono, cão sem dono Desamor...elas rolam Está na boca do Acre Inundando as casas Animais e homens A espera da arca de Noé A espera de um pé A espera de uma mão As chuvas que não secam Fogo, ferro e brasa As lágrimas tem codinomes Descaso, omissão, fome Está no ventre do Piauí Lágrimas sem água A espera de um pé Mato qualquer... Chão rachado Quando virá lágrimas? Chorar conosco E nos trazer Uns dois dedinhos de água Estas gotas invisíveis Em meu rosto têm nomes Solidão, sofridão... Não quero ofende-los São lágrimas...