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Mostrando postagens de abril, 2011

No meio do caminho

No caminho há um pedra Drummond nem sonhava Em Minas, São Paulo até Brasília Há um Pedra no caminho Pode ser escondida na palma mão Homens, mulheres e meninos Quem dá dois por uma pedra? Quem tem uma nota de cinco? Em um cachimbo a fumaça Euforia de morte, alucinações A pedra gravada na mente Neurônios sangrando morte Zumbis inquietos Agora ao chão Ratos, baratas Juntos resto de gente Nada que não seja a pedra Parece tocá-los São poucos minutos Viagens ensaios de morte A bolsa do crack a noite inteira Comprando e trocando tudo Salsichas vencidas achadas no lixo Tudo por um a pedra Crianças, vidas marcadas Mulheres grávidas Vivendo com os ratos Nas marquises das ruas Socorro! socorro! Gente bem vestida Tênis da moda Moradores de rua Não existe mais rico Não existe mais pobre Todos rente ao chão Socorro!... nos socorram! Os homens inventam Pedra da morte Deus nos deu a Pedra da Vida Os construtores rejeitaram Ele se tornou a Pedra principal Não há salvação em nenhum outro Só Jesus... Só

Eu quero entender

Foi um erro ficar à sombra de seu olhar? Ficar à espera do seu palpitar Eu quero entender As manhãs nos esperam A vida nos espera Para a batalha do viver Há uma luta interna Dentro em mim Vem me ajudar Estou só neste final de tarde Vou fazer pipoca Vamos ver o filme de nossas lutas Onde erramos? Nas palavras? Nos afetos? Foi um erro esperar Você não veio Fui à sua casa Não fui reconhecido Depois desta odisséia Só seu cão me esperava Morreu feliz ao me ver Eu quero entender Um animal me reconheceu Um humano não me viu...