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Mostrando postagens de novembro, 2011

Alguns instantes

Passei em sua vida Por alguns instantes Nada fora como antes O olhar não fora o mesmo O riso não fora o mesmo Não se repetem Os mesmos passos na areia Nada fora como antes As pedras que jogamos No mesmo lago De águas calmas Seus círculos... Não foram os mesmos O hoje não será como ontem Por alguns instantes Olhe para os meus olhos Há uma lágrima de felicidade Você passou em minha vida Por alguns instantes Sonhei brincar na chuva Por uns instantes A água nos molhou Risos... a dança Alguns instantes A felicidade contigo Alguns instantes Seu olhos, seu corpo Sua voz dizendo Fique alguns instantes...

Dias Velozes

Os dias são velozes O tempo é contabilizado Não há tempo para pausa Não há tempo para escuta Os dias são velozes Os dias são vorazes Há uma distância São poucos os ouvidos Era da informação Muita transmissão Pouca percepção Pouca reflexão Há uma ficcionalização Do horror, do banal Em dias velozes Como sentir as flores Aroma de remorso?... Ou perfume de confissão?... Dias velozes Não são belos, não são feios São grotescos Eu clamo por lentidão Lugar para se sentar E perceber que não basta Twittar Na lentidão damos as mãos Sentimos o frio, o calor E o pulsar dos corações Tudo isto são pétalas Que precisam de receptáculos Em vidas mais lentas Virão as flores As saudosas abelhas E dias mais doces...