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Mostrando postagens de agosto, 2010

O chamado

Tenho pouca visão Em enxergar as lágrimas Angústias não verbalizadas Tenho pouca visão em observar Há uma dor no outro Minha visão rasteira Superficial não vê O profundo de uma dor Tenho um sonho que é só meu Não me aquieto Corro com meu pensamento Gessado em só me observar A ciência do conhecimento Os pensamentos alçam voos A arte de criar O excessivo enfadar As asas dos meus voos Na poluição dos aplausos Eu não me enxergo Em um silenciar Em meu quarto Eu não me enxergo Em cuidar dos outros Observar as lágrimas E em silêncio Dizer eu vou te ouvir Iremos chorar Iremos sorrir Eu e você Sou todo seu Hoje iremos olhar Além das estrelas Falaremos com Deus Precisamos nos enxergar

Pelas ruas

Sou feliz em ver Em orvalho pérolas Em uvas brilhantes Homens diamantes Sem um lapidar Será meu olhar ? Serenidade e poesia Respirar bem profundo O nascer de uma manhã Ver o viajar das borboletas Não interromper os sonhos As crianças nos esperam Nos balanços das praças Em uma pipa no ar E nos barquinhos de papel Viajar outros mares Não ter vergonha E rir com os erros E acertar com os conselhos Tirar de dentro de si Seus sonhos e sorrir A sombra das árvores Ver o cantar dos pássaros Plante sua semente Ela quer nascer Sonhe coisas belas De amor, busque amar Ele não está fora de ordem Pelas ruas cante Ouça , observe As flores das praças Aos homens sem graça Diga vamos viver Alguém está a sua espera O autor da vida Falou assim Um olhar de poesia A minha paz vos dou

Vida seca

Meu Deus me socorre Com é triste meu vivê Severino foi embora Me deixou apadecê Com uma ruma de menino Eu não sei o que fazê O gado está morrendo Não tem o que cumê Eu que sou carpideira Hoje choro mais um fio Isto corta o coração É triste o meu destino Mande água Senhô É o que mais quero Um açude bem cheinho Água de muito inverno Severino quer vortá Estou sonhado com este dia Continuo no mermo lugar Quero ter uma alegria Mande água Senhô Como é triste meu destino Mande água Senhô Um açude bem cheinho ( Os erros são propositais )

Superação

Resiliência total O filho de Deus Quis ser chamado assim O Filho do Homem Veio no outono de muitos Entre as folhas secas Nos trazer a primavera Em criar oportunidades Para amar Compaixão, tolerância Nos ensinou ir além Para aturar Acidez das palavras Você não me quer? Um olhar sempre a dizer Eu o quero Em um viver feliz Ele não suga a ninguém Um olhar em socorro Aos sem ritmos Aos tristes Conhece os disfarces Dos artistas Dos doutores Um olhar suave Vê os rascunhos de vidas Quer em nós pintar Um quadro melhor Com nossas fragilidades O prazer de nos fazer felizes Nos responder com pergunta O que dizem quem sou? Se bebermos de sua água Saberemos o que é ir além Dar a outra face Ser resiliente.