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Urdidura


Tecer um poema
Requer encontrar o fio
Tramar, tramar...
De palavras
Que deve ser concluído
Pelos outros
Só faz sentido....quando
Compreendido pelo outro
Que é leitor
Ver, ler, compreender
A trama pode ter cores
Ora são brandas... acalma
Ora inquietas... agridem
Nos faz navegar
Nestas braçadas na web
Nestes dias, não devia ?
Há um antropofagismo
Devorador, jogos de guerras
Uma trama de morte
Ninguém se fala...atrapalha!
Como ter um trama suave ?
Trama poesia de seda
Trama de um fio qualquer
Há um correr insano
Cada leitor a sua maneira
Lê a trama e lhe confere uma forma
Outros nada vêem
Neste sistema mecânico
Não percebe uma virgula, uma pausa
Nesta imensa colcha de retalhos
Surgem fios, indiferença e desilusão
Nos levando a uma trama
Dolorosa e indomável
Chicote louco,
Cada leitor uma trama
Uma caverna
Uma cisterna
Uma imagem
Feita de letras
Que nos falou
Dos lírios do campo
Nasceram tecidos
Uma trama para o leitor.

Comentários

  1. Olha eu aqui, como prometi! Um tempo surgiu para o deleite... rs
    Gostei de como teceu sua trama, fios entrecuzados no mundo virtual, fios os quais nos aproximaram e fizeram-nos conhecer. Abençoado fio! Glória a Deus! Beijo Ju

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  2. Pois é meu primo !
    as vezes tecer requer
    um pouco de tudo:
    dor, amor, carinho e até mesmo umas palavras mais duras, para melhor sair o seu melhor...
    amei o poema que faz sentido no nosso dia dia.

    Ohhhh meu primo, que a Graça de Deus esteja em cada amanhecer juntos com os seus envia beijos a todos.

    Mariza Maravilha

    A srtª. que faz a diferença

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  3. Passei por aqui e achei muito bonito a maneira de tecer seu poema. Parabéns!!

    Abraço

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  4. Obrigada pelas visitas e pelos comentários, JF! Muito bom o poema, tem mesmo tudo a ver com a minha proposta no blog. Um grande abraço e apareça sempre!

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Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.