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Meus cacos


Com os pés de vidro
Cacos, veredas em dores
Amores, dissabores
Caminhos, trincas
Sofri e fiz sofrer
Quis juntar os cacos
Pedaços que não se unem
Meu espelho interno
Vejo imagem baça
Sou vaga-lume inconstante
Mariposa que briga com a luz
Cacos, pedaços
Coração, diamante cru
Esfacelado, gemendo
Sangrando, cortando
Consolado em enganos
Noites, insônias
Sonhar pesadelos
Manhãs sem sol
Socorro! socorre-me
Quem pode me ajudar?
Quero ser um pouco feliz
Quem pode me amar?
Quem pode meus cacos juntar?
Quero ver as manhãs de paz
Vaso quebrado.... só um novo
Não se cola diamante
Quer ser barro?
Sou oleiro
Faço de você um vaso
Um vaso novo!
Sou Deus, conserto tudo
Queres ser barro ?
Tens minhas mãos.

Comentários

  1. Olá meu amigo, a vida nos quebra em tantos fragmentos não é? E nós quebramos outros também em fragmentos, isso porque somos imperfeitos, a culpa foi por nós herdada.
    Mas Deus em sua infinita bondade nos perdoe, nos fortalece, e nos faz inteiros de novo, não há graça maior que as veredas que Deus nos oferta, estreita porque estamos inseridos na imperfeição, mas de paz e irmandade...

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  2. Estimado amigo, estive por alguns dias ausente do meio da blogosfera por motivos acadêmicos.

    Mas fico feliz por voltar, e ver que sempre nos presenteia com as suas escritas!

    Continue... pois sempre estou a observar!

    Abraços!

    J.C

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  3. Tua virtude é inquebrantável meu amigo, e Deus é a proteção perfeita de tua alma eterna...
    Nesta semana terei bastante tempo, e lerei os teus poemas mais antigos.
    Que Deus esteja contigo.

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  4. Feliz natal também, irmão Aguiar! Obrigada pelos seus comentários! Fique na paz de Cristo!

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