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Flor em deserto

A caravana vê os cactus
Espinhos , não flores
Quem anda em deserto
Só espera água
E morrer na areia
Um olhar em desalento
Um olhar desatento
Deserto, garganta sedenta
Lá está solitária beleza
A água do seu olhar virá ?
Uma flor dura pouco
Instantes de vida
Rara beleza
Sombras que refrescam
Retinas atinam
Pode não haver o amanhã
Ficarão as águas
Nuvens sem chuvas
Sinais não exatos
Lá estão cactus...
Lá estão espinhos...
Lá a bela flor...
Será para quem?
Viajantes que se arriscam
Olhar uma flor
Acharão fontes...
Lágrimas de alegria
Flores e homens
Paisagens amenas
Nem só de água vive a flor
Nem só de água vive o homem

Comentários

  1. Lindo! É verdade... nem só de água vive o homem. Vive também de palavras que são verdade e vida... como as palavras de Jesus!...
    Vive também de palavras lindas, simples, mas, profundas... como as palavras dos poetas como você!
    Um grande abraço, meu amigo!

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  2. Irmão Aguiar, respondi seus comentários lá no meu blog. Depois dê uma olhadinha. Um abraço!
    Jôsy

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  3. Sem palavras para descrever o seu poema... Você escreve muito bem. Uma verdadeira fonte de inspiração. Parabéns!!
    Abraço!!

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  4. Nossa... sem palavras... essa poesia já disse tudo!

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.