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Versos soltos...

Há olhares que são pedras
outros retinas
Estamos na era das chacinas
Gostamos de lustres mas nosso
chão está no escuro
Homem carne e silício
lições de neuroses
Escola de homens
As taças das mesmices
Celebram os velhos hábitos
O mal tornou estopa, sua obra faísca
Ambos irão arder
Já sentimos a fumaça
Há palavras elas foram ditas
não tente mata-las
Elas são pão, elas viram vidas
No momento pisadas pelos nobres
maltratada pelos tolos
Os homens e suas escolhas
Vaso quebrados só um novo
Não se colam diamantes
Querem ser barro?
Tens minhas mãos
Faço tudo novo
Gente humilde
Meninos precisam ser homens
E homens, meninos com alma
O mundo não se sustenta
Vive de circo
Não conhece o Pão
Não falei de amenidades...
Quem sabe amanhã
Se houver trarei as flores.

Comentários

  1. O homem, para ser feliz, não deve perder o encanto da infância.
    Belas palavras!
    Abraço!!!

    http://ymaia.blogspot.com.br/2014/03/concurso-cultural-homenageando-ayrton.html

    ResponderExcluir
  2. Vamos esperar as flores. Aguiar, seus versos tocam, marcam a maneira do poeta que é expressar sua angustia diante das ações dos homens.

    Obrigado

    ResponderExcluir
  3. Blog encantador,gostei do que vi e li,e desde já lhe dou os parabéns,
    também agradeço por partilhar o seu saber, se achar que merece a pena visitar o Peregrino E Servo,também se achar que mereço e se o desejar faça parte dos meus amigos virtuais faça-o de maneira a que possa encontrar o seu blog,irei seguir também o seu blog.
    Deixo os meus cumprimentos, e muita paz.
    Sou António Batalha.

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.