Pular para o conteúdo principal

Na terra do possível

Na terra onde vivo 
não há espaço para amenidades
Cidades onde os automóveis não se movem
Nossas praças sofrem de solidão
Flores conversam entre si
Silêncio dos pássaros
Não há olhares de perceber
Os mentigos fazem suas cirandas
Os políticos suas promessas
O homem mau á espera de suas vítimas
Não há sombras, não há sol
Não há meninos, brincadeiras e risos
Tudo muito sério, muito adulto...
não quero esta herança
Vou fazer um outro inventário
Inventário das coisas invisíveis
Crianças podem tocar e brincar

com as nuvens, há nuvens de todas
as formas, carneiros, pássaros, gigantes e formigas
Elas podem brincar junto ao céu
Elas podem brincar junto a terra
Há nuvens para todos os meninos
Há nuvens para os homens
Homens que se deixam
Homens  que enxergam coisas invisíveis
Coisas que o dinheiro não compra
Tudo na vida é feito de nuvens
Como um grande lego...
Há brinquedos de construir sonhos
Há outros que são nuvens vermelhas
inventário de morte
Basta de nuvens de lágrimas!
Busco a certeza nas coisas invisíveis
com minha pequena fé
Remover montanhas
Na terra do impossível, tudo é possível
Aos que semeiam nuvens de paz.

Comentários

  1. Reflexão muito bonita. Assim que comecei a ler, lembrei de um trecho de um cordel feito por Antônio Francisco (RN).

    "Acordei para chorar
    Debruçado no meu leito
    Daquele sonho pra cá
    Nunca mais dormi direito
    Ora tentando esquecer
    Ora pensando em fazer
    O mundo daquele jeito"

    Abraço!

    http://ymaia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Meu Deus, que coisa linda, seu Aguiar! Parabéns por sua sensibilidade! Deus te abençoe e a sua família, meu amigo!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.