Pular para o conteúdo principal

Sem sentido

Uivam as cidades,  gemem os homens
Serpentes ardentes voam no asfalto
Assolação da destruição
Uivam todos, soberbos e tiranos
São horrendos  nossos dias
Um bloco negro que já havia em nós
invadiram as ruas
Feito língua de sapo
Contida quando alimentada
com  roupas de marcas
Exposta quando busca seu mosquito
mau por mal
Não mostram suas caras
Não é preciso
São pelos frutos que se conhece a árvore
Uivam as cidades em busca de um culpado
Os homens escondem seus rostos
Se me ouvires comereis o melhor da terra
Coração negro, face escondida
Black bloc  tênis negro da Nike
Não haverá mais cidade
O mal tornará estopa 
Sua obra faísca
Ambos irão arder
Não há ônibus nem metrô
Lixeiras não haverá
Como fugir? Para onde fugir?
Só se vence o mal com o bem
Isto é  para White bloc
Dos que não escondem suas faces

Comentários

  1. Aguiar, esse assunto rendeu calorosas discussões na universidade. Parabéns pela ousadia e sensibilidade do poema.
    Destaco a frase: "São pelos frutos que se conhece a árvore".

    Abraço!
    http://ymaia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Só se vence um mal, com outro mal bem maior.
    Palmas para o poema.
    Beijos!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.