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Sem sentido

Uivam as cidades,  gemem os homens
Serpentes ardentes voam no asfalto
Assolação da destruição
Uivam todos, soberbos e tiranos
São horrendos  nossos dias
Um bloco negro que já havia em nós
invadiram as ruas
Feito língua de sapo
Contida quando alimentada
com  roupas de marcas
Exposta quando busca seu mosquito
mau por mal
Não mostram suas caras
Não é preciso
São pelos frutos que se conhece a árvore
Uivam as cidades em busca de um culpado
Os homens escondem seus rostos
Se me ouvires comereis o melhor da terra
Coração negro, face escondida
Black bloc  tênis negro da Nike
Não haverá mais cidade
O mal tornará estopa 
Sua obra faísca
Ambos irão arder
Não há ônibus nem metrô
Lixeiras não haverá
Como fugir? Para onde fugir?
Só se vence o mal com o bem
Isto é  para White bloc
Dos que não escondem suas faces

Comentários

  1. Aguiar, esse assunto rendeu calorosas discussões na universidade. Parabéns pela ousadia e sensibilidade do poema.
    Destaco a frase: "São pelos frutos que se conhece a árvore".

    Abraço!
    http://ymaia.blogspot.com.br/

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  2. Só se vence um mal, com outro mal bem maior.
    Palmas para o poema.
    Beijos!!

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Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.