Pular para o conteúdo principal

Ser Síria

Quero remover escombro
Vejo reverberar nesta catástrofe
Olhares sem bússula, paredes sem portas
Não há vizinhos nem visitas
Não há escolas, igrejas, mesquitas
Não há chaves para alegria
Rostos apagados pelo medo
De todos os males o que mais mata
A verdade dos homens
Na Síria há uma fome de matar
Na Síria uma fome de morrer
Exterminação do outro, porque  é o outro
Violência fascista sangue em toda pista
Há uma bruma no céu de Damasco
Há inocentes, idosos, indigentes
Seres caidos ao chão
Bruma, maldita!
Não haverá flores, só dores
Pode haver mais horrores
Armas quimicas
Mortos em pé, mortos deitados
De quem é a culpa?
Vamos remover escombros
Onde há crianças?  onde ser Síria?
Em algum lugar, onde houver comodidade
Senhores do chá das cinco
Em suas amenidades de gole em gole
Pense suas chacinas... triste cina
Nos ajudem a ser Síria

Comentários

  1. AGUIAR, MAIS UMA VEZ DEVO MANIFESTAR MEU APREÇO POR SUAS PALAVRAS. ESTE POEMA ME LEMBROU UM QUE EU FIZ HÁ POUCO TEMPO, USANDO UMA TEMÁTICA PARECIDA.
    ERA O "PORTÃO DOS DESESPERADOS".

    PARABÉNS!!!

    http://ymaia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. As guerras são idiotas, ou melhor, as guerras não, mas aqueles que as fazem. É trite saber que dezenas, milhares de vidas são perdidas, enquanto os promotores da guerra se vangloria.

    Abraço amigo, que Deus nos ilumine.

    Obrigado!!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.