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Esconder

Há algo em comum
Entre o Rio e Cabul
A burca não esconde o rosto
As cidades estão nuas
Os tecidos não escondem
As balas que traçam o destino
Nada doce, nada céu
Famílias órfas, pobres meninos
Há algo comum entre o Rio e Cabul
Talibã, milícia, trafico e policia
Não há burca que esconda
O corpo e a sua vergonha
Quem pensar diferente
É inimigo da gente
Olho por olho
Dente por dente
Sofrem as criaturas
Becos, escombros e ruas
O sol comum a todos
Mas há um escuro
Gritos e lágrimas
Cidades em guerras
Manchetes de sofrer
Homens e bombas
Drogas e mortos
A mentira, a verdade de muitos
A Verdade, a vitima de todos
Pelo Rio, por Cabul
Deus traga a sua luz.

Comentários

  1. Há o escondido que grita, e que agita as "águas calmas" ao redor, brilhante post.

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  2. Essa é a realidade dos afegãos: o oculto, o mistério, o medo... Deus tenha misericórdia desse povo, dessa gente tão sofrida.
    Oremos por eles e por todos que sofrem perseguição e, de fato, oprimidos.

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  3. Obrigada pela visita J F Aguiar, estarei sempre por aqui, pra conferir as novidades...

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  4. gostei especialmente desse texto.Desculpe por estar um tempo sem aparecer.
    Há algo em comun entre Cabul e o mundo: a opressão. Todos somos oprimidos pela dor da violencia, ngm está em paz!

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  5. LINDO!!!! Vou postar depois no meu blog.
    Um grande abraço meu amigo.

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Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.