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Falar só

Muitas vezes falo só
Fiel amigo Argos
E você sabe o quê é ficar só
Muitas vezes fico em meus solilóquios
Fiel amigo sempre esperamos nosso Ulisses
Muitas vezes esperamos o último alhar
Não fazemos mais parte das conversas
Refletir dói a cabeça....
Somos deixados de lado
Mundo veloz em todos os sentidos
Poesia, minha poesia, estamos fora da ordem
Quem se importa com nossos versos ?
Contamos nos dedos,somos poucos Argos
Há também poucos Ulisses
Para algumas Penélopes você não mais existe
Como mudar este olhar?
Reciclar vidas....máquinas e robôs
Sangue e Silício...
Eu suplico!
Não quero morrer sem o seu olhar
Tenho palavras,  se eu morrer
Aqui jaz a poesia
Não há túmulo para o que é eterno
eu volto sempre...







Comentários

  1. Olá, Aguiar.
    Belíssimas palavras. Que a poesia continue viva e que a voz do poeta possa ser ouvida.
    Abraço!
    http://ymaia.blogspot.com.br/

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.