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fragmentos

Pedaços dos que não tem pedaço
Não quero ser universal
Há dor em minha aldeia
Há ex-homens, ex-meninos
Pedaços dos que não tem pedaço
Tolstói ! falo de minha aldeia
Onde nas praças há um exército
Dormindo em caixa de papelão
Há um aviso: Cuidado frágil
Não é sátira nem virtual...
Sísifo global
Há uma ferida em minha aldeia
O trinômio hoje é outro: guerra, droga e fome
Estamos na era das chacinas
Pensam muitos porque plantar árvores  e não
ver seus frutos?
Porque ensinar os meninos se não vemos os homens?
Em nossas praças tropeçamos em pedras
Estamos mumificados com nossas teorias
Seres franzinos... juntam suas latinhas
elas se transformam em pão, pedra e pó
Não há tempo a era é da velocidade
Não se brinca,não há sorriso
Há dias que não somos capazes
Voltemos amanhã, será que haverá?
Nos falta a continuidade...
Quem irá viver a sombra do que plantamos?
Se é que plantamos
Dê seu pedaço a quem não tem pedaço
Deixemos nossa rede virtual
Precisamos pescar homens
Mesmo na ausência de um mar
Imaginemos ancorar nosso barco no céu
Há vidas em nossas portas
Estamos afetados, infectados
Já dormimos por demais
Há um inverno aqui dentro
E muito mais frio lá fora 

Comentários

  1. Que texto lindo! Perfeito.
    Concordo com tudo o que você disse. Essa imagem é um retrato do nosso povo sofrido que não tem um teto para se proteger do frio. É triste.

    Abraço!
    http://ymaia.blogspot.com.br/

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  2. Não vou dizer que o texto é lindo como disse o leitor Ygo Maia, porque na verdade você de uma forma poética narra o drama daqueles que não tem nada na vida, ao não se o sol para iluminar o seu dia e a lua como companhia. Parabéns Aguiar!

    Abraço

    ResponderExcluir

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Sinto em minh'alma

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Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.