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Vandalizar

Vem de longe está perto dos homens
Vem de longe está dentro dos homens
Sua escolha, o conhecimento
Sendo assim comeu o fruto do mal
Vandalizou a árvore do éden
Errante Caim, vandalizou Abel
Arquiteto de ruínas
Dentro de si, cinzas
Em casa, nas ruas
O verbo vermelho
Sangue de dor
Vem de longe
E não se basta
Como traça
Final de guerra
O verbo do terror
Vandalizar, acabar se acabar
Homens sois pó das tolices
Viveis as mesmisses
Sua trama é lama
Palavras de ordem
Sem razão...
Quem fere com fogo
Como fogo será ferido
Paz, justiça
Não se tem
Não se avista
Vandalizar
Foi o que mais se fez
Quem nunca o fez
Atire sua pedra
Os soldados suas balas de borrachas
Nossas lágrimas se misturam
Gás lacrimogêneo
Deus do céu! vandalizamos
Toda terra...Vandalizamos
Seu único filho
Não damos ouvidos
Vandalizamos o amor
Ele continua sózinho
E diz baixinho
Eu sei como não vandalizar.

Comentários

  1. Aguiar, muito obrigado por ter reaparecido em minha página mais uma vez. É uma honra receber seu comentário. Achei que já tinha me abandonado também. Um abraço fraterno

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  2. Seus textos são sempre muito intensos. Essas manifestações são o divisor de águas do nosso país e você tratou do assunto com muita sensibilidade.
    Parabéns!!

    Abraço forte.

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Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Casa dividida

Não chegaremos  a lugar algum Estamos cercados entre céticos E os cinicos Querem mudar o mundo E não mudam a si Não há projetos para os céticos Estamos cercados por ideologia dos cinicos Casa dividida não subsiste Céticos e cinicos são pedras são espinhos Sujos e mal lavados Oder velho em vinho novo Não chegamos a lugar algum Reino dos homens Só há uma esperança Sejamos peregrinos Em direção ao reino do céu Nossa terra só ruina Ídolos com pés de lama Abominável justiça A verdade é a vitima Das balas perdidas dos homens Nossa casa está dividida Quem não junta espalha O que mais precisamos O corruptível se tornar incorruptível O melhor legado para nossa terra A Paz que o mundo não dá Os humildes serão exaltados Mundo para quem se fizer como meninos Ideologia de homens são pó são nó Vaidade das vaidades Um olhar de compaixão Eles não sabem o que fazem.