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Vandalizar

Vem de longe está perto dos homens
Vem de longe está dentro dos homens
Sua escolha, o conhecimento
Sendo assim comeu o fruto do mal
Vandalizou a árvore do éden
Errante Caim, vandalizou Abel
Arquiteto de ruínas
Dentro de si, cinzas
Em casa, nas ruas
O verbo vermelho
Sangue de dor
Vem de longe
E não se basta
Como traça
Final de guerra
O verbo do terror
Vandalizar, acabar se acabar
Homens sois pó das tolices
Viveis as mesmisses
Sua trama é lama
Palavras de ordem
Sem razão...
Quem fere com fogo
Como fogo será ferido
Paz, justiça
Não se tem
Não se avista
Vandalizar
Foi o que mais se fez
Quem nunca o fez
Atire sua pedra
Os soldados suas balas de borrachas
Nossas lágrimas se misturam
Gás lacrimogêneo
Deus do céu! vandalizamos
Toda terra...Vandalizamos
Seu único filho
Não damos ouvidos
Vandalizamos o amor
Ele continua sózinho
E diz baixinho
Eu sei como não vandalizar.

Comentários

  1. Aguiar, muito obrigado por ter reaparecido em minha página mais uma vez. É uma honra receber seu comentário. Achei que já tinha me abandonado também. Um abraço fraterno

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  2. Seus textos são sempre muito intensos. Essas manifestações são o divisor de águas do nosso país e você tratou do assunto com muita sensibilidade.
    Parabéns!!

    Abraço forte.

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

A verdade

A vida não é alegre Ainda não somos capazes Há ameaças...o caos Não nos rendemos As explicações divina Nietzsche e seu deus Você tem razão... Alias ele nunca existiu Morreu....o homem E o super-homem Estamos procurando Onde está, onde atua...? Nas casas, nos becos, nas ruas ?! Feito pela mãos dos homens Tem boca não fala... Tem ouvido não ouve O deus de Nietzsche Não fora encontrado A nanotecnologia Enxerga o minúsculo O super-homem É muito raquitico Estamos com dores Estamos com medo Perdemos os anéis Perdemos os dedos Precisamos sobreviver Os dias são negros Precisamos dizer não Indefinidas...teorias se repetem O que mudou?....nada Há algo definido Inteligente Nietzsche Onde estava seu saber Em seu iluminado ateismo ? Algo que não envelhece Não morre Feito água Feito luz Não criou teoria Ele um humilde homem Morreu por amor A verdade definida Imutabilidade Encontrar saída? Não carregue suas mochilas Teorias...sofismas Deus não morreu. ...