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Por um fio

A vida  se desforma
Como os relógios 
Surrealismo de Dalí
Nosso realismo daqui
O tempo escorre de lá
A vida sangra de cá
Foi assim com o malabarista
Alpinista de vidraças
Foi assim na Paulista

Um ciclista caído na pista
Seu braço caído em um riacho
A procura do seu dono
Agora um semi-abraço
A vida está por um fio
Vodkas, energéticos, volantes
Não se vê o outro  
Não se vê a si
Vida por um fio
Balas perdidas
Babás enfurecidas
Dores...feridas...
Freud não explica
Vida por um fio
Tiros de fuzis
O vil metal maltrata
O vil metal que mata
O animal que sou
Jacques Derrida... estamos a deriva
Quem é animal , quem é humano?
O animal está nu, sempre nu
O homem se esconde
Suas máscaras, suas roupas...
Seu drama, teatro insano
Em um ato foi-se um braço
Em outro ato deu-se a vida
Quem estava por um fio
Deu a outra face
Face de perdão
Da desolação
A sublime lição
Eu preciso aprender
Não feche a cortina...

Comentários

  1. Seo Aguiar, é muito bom receber os elogios que sempre faz ao meu espaço, isso reforça cada vez a vontade de melhorar sempre. Obrigado!

    A Paz meu irmão!

    ResponderExcluir
  2. Suas palavras são sabias- a vida realmente esta por um fio"
    Desculpe a ausencia"
    E obrigada por sua presença.
    anamenires.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  3. TUDO ESTÁ POR UM FIO MESMO, CARO AGUIAR.
    BELÍSSIMAS PALAVRAS!!!
    ABRAÇOS!

    ResponderExcluir
  4. Seo Aguiar, olha eu aqui de novo, como vai? To sentindo falta de sua participação lá nos blogs.

    Apareça meu amigo!

    Abraço

    ResponderExcluir

  5. Sabe aquele abraço bem gostoso??
    Pois é esse que vim te deixar.
    Aqui deixo meu imenso carinho
    por você.
    Que seja nossa amizade
    a mais infinito que houver.
    Um Dia lindo e abençoado.
    Beijos no coração.
    Carinhos na Alma.
    Evanir.
    Eu adorei seus poemas lindos e com sentido
    das coisas.

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.