
O asfalto queima os pés
Há meninos malabalistas
No sinal fechado, limões em mãos
O artista sem máscara
De uma vida amarga
São poucos os segundos
Por umas moedas
Já me vem um outro
Lavar o parabrisa
Quem tem carro precisa enxergar
Quem tem fome precisa comer
Os homens se apressam
O coração se fecha
Antes que o sinal
Não quero, não tenho
Outra dia...
A fome pode esperar...
Limões aos ares não caem ao chão
Nem se faz limonada
Vida azeda, mais que ácida
Muitas mães, muitos irmãos
O sinal em atenção
Os homens estão fechados
Gravitando em seu pensar
Bandidos!...Perigo!
Não foram os meninos dos sinais
Que comeram a merenda das escolas
Foi um bicho chamado homem
Ele devora as crianças
E está solto pelas ruas
Distribuindo cestas básicas
Nossa Aguiar que poema forte!!!
ResponderExcluirEu admiro as tuas palavras e a tua vontade de mudar o que apetece mudar, eu ando tentando também meu amigo, em minha mente eu tiro crianças das ruas e as ponho salvas nos braços e carinhos de seus pais, e quando acordo desse sonho assusto-me com a realidade.
Algum dia tudo será modificado e tudo será de paz e harmonia :)
Como sempre, as tuas palavras nos coloca num repensar incrível... sabemos das mazelas e temos muito o que pensar e fazer... fazer eis o que esta em falta... pensa-se muito, faz o mínimo...
ResponderExcluirAbraços meus!!!
EXCELENTE Aguiar!! Gostei, um tapa na cara da hipocrisia..muito bom!
ResponderExcluir[]s
Aguiar,
ResponderExcluirEmociona, aponta, afronta e é um bela construção. Tudo em um poema.
Parabéns
Abraços,
Anna Amorim
Excelente poema!!
ResponderExcluirDeixo o link para visitar o meu blog:
http://ymaia.blogspot.com
Parabéns!!!