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CEDER

Preciso ceder esta minha sede
Já era tempo, há séculos ...
Preciso ceder a sede de muitos...
Aprender o que nunca para mim foi lição
Sempre bebendo em meu umbigo
Cisternas, cacimbas, nunca foram minha cina
Preciso ceder esta minha sede
Sede de água nas calçadas...
Os gritos de muitos por água
Sertão e suas promessas
Promessas de homens
Promessas para os Santos
Terra seca, me mande água
A sede chegou em outras portas
Falta H2O onde nunca poderia faltar
Preciso aprender a ceder minha sede
Banho sempre foi luxo para muitos...
Com sapato apertado não se pode dançar
Lembro do meu chinelo velho...
Água para matar minhas sedes...
Não cedemos nossas bocas
A quem mais entende de água e sede
Continuar  bebendo água de volume morto?
-  "Quem beber da água que eu lhe ter
do seu  interior irá fruir rio de água-viva
É preciso ceder ...
Ceder nossas sedes, ir de caneco em caneco
Ao dono da fonte
Há um deserto em nós...


Comentários

  1. Olá, Aguiar.
    Uma bela reflexão sobre esse momento difícil que estamos enfrentando. Parabéns pela sensibilidade. Abraço!

    http://ymaia.blogspot.com.br/

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  2. Só você mesmo, amigo! Sua sensibilidade é linda! Foste além da falta de água no planeta... disseste bem da nossa sede interior... Precisamos ir ao dono da fonte. Precisamos matar a nossa sede com a água da vida e deixar nosso egoísmo e levar outros a essa Fonte: Jesus! Oh! como precisamos! Há um deserto em nós!

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.