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Foi ontem

Um quintal faz muita falta
Galos, grilos, patos 
Martelar de sapos
Manhãs de ontem fazem 
Manhãs de paz
Cheiro de chuva
Chaminé, cheiro café
O bom acordar
Cantos, pássaros
Chão de terra, relva
Sereno, beija-flor
Um quintal faz muita falta
Orvalho cristal
Roupas no varal
Balanço na mangueira
A espera do carteiro
Um quintal faz falta
Coentro,salsinha
Couve, cebolinha
O cão e seu latido
Foi ontem...
Hoje meu acordar
Sirene de bombeiro
Chão de malícia
Milicia,polícia
Nada de flores
Nada de abelhas
Vida nada mel
Alegria artificial
Homens cegos, mudos
Homens surdos
Suas telas games de guerra
Imagens em 3d
Gafanhotos devoram 
A fauna, a flora
Sapo martelo volte com seu martelar
Traga meu quintal
Quintal que fora ontem

Comentários

  1. Esta imagem de uma casa simples com um quintal cheio de galinhas ciscando no terreiro, me fez voltar lá no meu recanto que um dia deixei. Sempre volto lá para matar saudade. Parabéns Aguiar, a imagem somente já valia a pena, ficou melhor ainda com sua poesia. Obrigado pelo prestigio que sempre me deu.

    Abraço

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  2. Nossa, Aguiar.
    É bem isso mesmo.
    Como faz falta um quintal, as coisas simples da vida. Muita coisa se perdeu nesse mundo tão artificial.
    Parabéns pelo poema.
    SUCESSO!!!

    ResponderExcluir
  3. Sr. J.Aguiar...quanto tempo.
    Te achei vasculhando os meus post no Blog. Recoloquei um antigo, que o senhor havia comentado e resolvi te visitar.

    Lindo post... Foi Ontem...QUINTAL.
    Me deu tanta saudade da casinha do interior...como tudo era bom.

    Um abraço, fica com DEUS.

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  4. Minha irmã obrigado por sua atenção, pelo seu apreço... fiquei muito feliz com sua postagem... fique a vontade "A Deus toda honra de toda
    glória" forte abraço! A Paz de Cristo!

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Amizade

Surge derrepente Já nós vem pronta Atitudes que marcam... Tatuam a alma No profundo do nosso ser Nos faz ir além Surge de madrugada Quando caímos Nos dá a mão A palavra que conserta No frio, é o calor Não marcamos audiência Pára tudo, para nos atender Surge de madrugada Quando nosso carro enguiça Nos devolve o que perdemos... Surge no clarão do dia Na fila de um banco Em um beco sem saída Mãos de enxugam nossas lágrimas Nos leva ao médico Nos visita no hospital Que escuta Nos encoraja Nos mostra seu coração Nos compreende Amizade de perto De longe De um jovem De um adulto de uma criança O estético de gestos A lembrança na oração Nos colocando sempre Diante de Deus.

Aparência

Ser prudente se faz preciso Saber o que é um iceberg Uma parte de rocha de gelo Uma parte flutuando nas águas  Só é visto a menor parte A maior está sob as águas  Até quando? Quando pensamos em Cactos Só lembramos dos espinhos Há os com flores Qual melhor ideologia a seguir? Tens certeza? Há muitas flores de plásticos Confundem as abelhas  Até os mais inteligentes se iquivocam Mas ninguém pode exigir Que seus erros mais trágicos Sejam admirados como se Fossem acertos Em nossos ideais de liberdade Caminhamos em escravidão  O homem abstrato que somos Precisa lembra-se que ele é Carne e osso: finito Podendo ou não ser eterno.

Sinto em minh'alma

Muitos preferem o conforto da negação Só posso ter certeza Da sua existência só quando eu percebo Meus sentidos me fornecem, cores, Forma, aroma, sabor Tenho que toca-lo... Para que eu diga ele existe Alguém já disse: Penso logo existo É indubitável O quê a alma sente O quê a alma pensa Existe! Deus existe! Ele percebe Quem quer ser percebido E os que não querem Ele existe! Não tem cor, forma ou sabor... Não se pega com as mãos Ídolo estático não é Como o vento não enxergamos Mas sentimos seus efeitos No profundo da alma Penso logo existo! Em meu empirismo radical Em favor da alma Deus existe! Indubitável na alma Dos que creem.